25 julho 2007

Georgia - Indiana no Interior mesmo

O filho da gerente do nosso hotel nos levou para o aeroporto, fez total questão, porque não existe táxi na pequena cidade que estávamos. Na pista, resolvemos dar uma limpada do avião que estava muito sujo. A Sra que cuida do aeroporto de Green County, Geórgia, e toca o FBO (vende combustível, comida, óleo, bebidas, etc) foi super atenciosa conosco. Gentileza total, a la americana mesmo.
FBO de Green Co
Com carrinho de golfe para levar bagagem, nos emprestou balde, etc etc...

Chegou o segundo jatinho, como o de ontem pegou um pássaro na final, por via das dúvidas mandaram o outro, da empresa de charters que tem apenas 100 jatos, e é uma das menores do mercado !!! Depois de muita enrolação, e de ter tirado toda gasolina do tanque da asa principal, abastecemos e saímos. A meteorologia já indicava que teríamos umpouco de complicações, mas nunca pensei que fossem tão grandes, uma grande área de tempo ruim ao Norte de Athens.


Iniciamos com céu azul total, mas 30” de vôo o tempo piorou rapidamente. Com a visibilidade reduzida, quase entramos nas nuvens, tivemos que voltar um pouco para perder altura. Várias vezes tivemos que desviar mais que 90 graus do tempo ruim. Estávamos entrando na cadeia de montanhas dos Apalaches na região dos Great Smoky Mountains e Chattahoochee National Forest.

Montanhas de até 1700m (5000 pés) dificultaram bastante nosso vôo, andamos para trás muitas vezes. Chuva, visibilidade ruim, tornaram esse vôo um pouco complicado. De quando em vez o tempo melhorava, mas em frente piorava novamente. Como estávamos voando o tempo todo com Flight Following, pedimos ao controle a nos ajudar, e ele pelo radar meteorológico nos recomendava a desviar para esquerda ou direita por várias vezes. Pistas ao nosso redor o tempo todo, então sempre a alternativa para pousar. Uma hora vi uma pista linda, e quase pousamos, no último momento vi o céu um pouco mais claro, resolvemos tocar um pouco mais em frente. E assim voamos por 1hora, que pareceu levar muito mais tempo. A ajuda dos controladores foi vital, aliás, ninguém NUNCA nos perguntou o código DAC, pessoas a bordo, e todas outras informações burocráticas que nos perguntam no Brasil. Escutamos no rádio um “Brazilian Airforce” um avião da FAB voando por aqui também. Ainda bem que estávamos em 2, pois no Glasair não dá pra soltar o manche por 1 seg, o avião engrena para esquerda, ou sobe ou desce, bem nervoso. E tinha que olhar para fora o tempo todo, para não entrar nas nuvens, desviar da chuva, voamos a 1000 pés AGL ou até mesmo várias vezes, depois um pouco mais alto mas não muito. Enquanto um olhava o mapa, o outro voava, realmente foi um bom vôo em equipe, sempre discutindo qual o caminho melhor a tomar, pois havia vezes que a chuva parecia mais clara, e enganava. A meteoro aqui bem diferente do que nos Brasil ou mesmo na Amazônia, a névoa reduz muito a visibilidade, complicando o vôo. Sozinho provavelmente teria pousado muito antes.

Ralando nas Apalaches

O controle de tráfego aéreo aqui é para ajudar de verdade, passamos próximo a Atlanta e outras cidades grandes, sem nenhum problema. Apenas uma vez o controle pediu para desviar de uma área militar ativada, e mesmo assim por apenas 15 minutos.
Tempo aos poucos melhorando, resolvemos usar o ultramoderno sistema científico de determinar onde iríamos pousar. Chutamos uma pista com 5.000 metros na rota, a Noroeste de Indianápolis, bem na nossa rota. Frankfort, Indiana.



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