19 julho 2007

GUIANA FRANCESA

O que nós Brasileiros sabemos sobre a Guiana Francesa é quase o mesmo que sabemos sobre o Malawi, sendo que o primeiro faz fronteira com o Brasil. Estima-se em mais de 10% da população de 220.000 habitantes esteja ilegal no país, sendo grande parte formada por brasileiros vindos do Norte do nosso país. Para não ler o livro de história, que qualquer um pode acessar pela internet, talvez seja melhor ir direto para as minha impressões.

É um território Francês que é sustentado pela França, a grande indústria histórica eram as prisões, com alguns famosos que foram encarcerados. Um sistema parecido com nosso antigo Carandiru funcionava na Guiana, com colônias penais espalhadas pelo território.
Já por ocasião da Revolução Francesa, enviaram 3 centenas de prisioneiros políticos e religiosos que se recusaram a fazer o juramento de obediência a nova Constituição. Mas o sistema penitenciário Francês começou a funcionar pra valer a partir de 1852, quando esvaziaram as prisões de Brest, Marselha e outras cidades portuárias Francesas. A maioria dos presos morria por doenças tropicais, loucura e más condições de higiene. Eram forçados a trabalhar mas as condições eram muito ruins.

O preso mais famoso foi o espião Austríaco Dreyfus, colocado em solitária por vários anos. Visitamos o complexo das “Iles du Salut” composto por 3 ilhas, com várias ruínas das antigas instalações prisionais. As casas dos Diretores e guardas, reformadas naturalmente, podem ser alugadas por dia ou por semana, encontramos várias famílias passando férias por aqui. Henry Charriere, famoso pelo livro Papillon (borboleta em Francês) passou parte do tempo dele em outra colônia penal , mais próxima a Caiena.

Hoje o principal motor econômico é a base espacial de Korou. É o centro de lançamento dos foguetes do programa espacial Europeu que tem como propulsor os famosos foguetes Ariane 5. Recentemente construíram instalações para lançar satélites usando os foguetes russos Soyuz. Quero um dia vir aqui ver ao vivo e a cores um lançamento, enquanto não dá, tem um museu médiozinho, e também um tour pela base espacial, que não fizemos, porque tem que ser feita a reserva no dia anterior, etc etc. et all.

Preso atual mostrando suas plumas !

Um comentário:

Peter Geres disse...

Fiquei intrigado em saber se o sobrenome do condenado "Dreyfus" tinha algum parentesco com a familia "Louis Dreyfus" fundador da "LD COMMODITIES", pesquisei só pra sanar minha curiosidade mesmo e parece que não tem nada a ver... mas valeu pelo acréscimo de informação histórica pois acabei lendo tudo sobre o Alfred Dreyfus hehehe.
Abraço.